Onde
a ribeira encontra o mar e as águas da praia são aquecidas por caldeiras, surge
a freguesia da Ribeira Quente.
Localizada na Ilha de São Miguel, arquipélago dos
Açores, fazendo fronteira com o Vale das Furnas, aquando do censos de 2011, a
Ribeira Quente tinha 767 habitantes. A
sua extensão é de 9,88 Km2. Esta localidade era inicialmente constituída
apenas pela parte que hoje é conhecida por Ribeira, mas, depois da erupção de
1630, surgiu a Ponta do Fogo e a localidade cresceu.
Diz-se
que, provavelmente entre 1598 e 1621, antes da erupção, onde atualmente existe
a igreja, poderá ter existido um castelo de proteção contra a pirataria que
rondava a ilha na época do domínio filipino.
Já na história mais
recente, na década de 40 do séc. XX, formou-se a primeira Junta de Freguesia da
Ribeira Quente, sendo escolhido para o cargo de presidente Luiz Linhares de
Deus e para tesoureiro e secretário respetivamente João Jacinto Linhares Rita e
João Vieira Jerónimo. Nessa mesma década, foram inaugurados os túneis de acesso
que vieram não só facilitar a deslocação do povo da Ribeira Quente, o qual
tinha estado isolado por séculos, como também atrair à freguesia gentes de
fora.
Outro
aspecto importante é a grande atividade sísmica que existe neste local, estando
registado como um dos seus piores sismos o que ocorreu em 1932.
Para
além desta catástrofe, no dia 31 de outubro de 1997, deu-se a pior tragédia da
Ribeira Quente desde a erupção vulcânica de 1630. Entre as três e as três e
meia da madrugada, começaram a cair grandes rochas e volumosos bocados de terra
que soterraram e mataram vinte e nove pessoas que dormiam nas suas casas.
O primeiro presidente Luiz Linhares de Deus, o padre
Ângelo de Amaral, que deu o impulso que faltava nas obras do templo em
andamento, e o Padre Silvino, fiel à sua profissão desde 1960, foram as figuras
mais importantes desta freguesia.
A Festa do Chicharro é a mais conhecida das festas
desta freguesia. Acontece em julho e, em 2016, completou vinte e sete anos. Nos
primeiros anos, a festa acontecia no antigo porto, mas, atualmente, decorre no
largo da praia. Outra festa também muito conhecida é a de São Paulo, padroeiro
da freguesia.
No final da década de 90, foram construídas novas
estradas, um quebra-mar e um novo porto, pois os antigos não tinham as
condições necessárias.
A Ribeira Quente aposta muito na atividade
piscatória, possuindo hoje em dia um dos melhores portos dos Açores. A praia
também evoluiu ao longo dos anos, sendo considerada por muitos a melhor de São
Miguel.
Por tudo isto e mais, venha visitar esta freguesia e
desfrutar também da simpatia das suas gentes.
Fontes:
Jerónimo, Gil Moniz, Povo da Ribeira Quente…Que origem?
Este texto foi produzido por:
Bianca Amaral, nº 3, 8º 1
Brenda Linhares, nº 4, 8º 1
Sara Barbosa, nº 16, 8º 1
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