2021/07/28

Revista SER - 2ª edição (19-21)

 A 2.ª edição da Revista SER – Sociedade e Escola Reunidas – é uma edição dupla e digital, que pretendeu reunir, sem qualquer imposição cronológica, o produto de dois anos de partilha de experiências e vivências escolares, desta vez mais confinadas à sala de aula pela tranca de um vírus que teima em não nos deixar voltar à normalidade, mas sempre com a ‘voz’ dos nossos alunos, continuando a ir ao encontro da comunidade e daqueles que acreditam nas jovens promessas que pela nossa Escola têm passado.

   Assim, convidamo-lo a conhecer este espaço de informação e, ao mesmo tempo, de comunicação, opinião e de olhar crítico dentro da Comunidade, onde vários assuntos se entrelaçam sob o tema da solidariedade e entreajuda em prol do bem-estar de todos os habitantes do nosso planeta.

Aceda aqui: Revista SER

Boas férias e boas leituras!                                                                                                                               

A equipa da EECE - EBSP

2021/07/23

EBS da Povoação no Encontro Ciência’21

 

A Escola Básica e Secundária da Povoação esteve presente no Encontro Ciência’21, Encontro nacional com a Ciência e Tecnologia em Portugal, que decorreu no Centro de Congressos de Lisboa, entre os dias 28 e 30 de junho.

O Ciência 2021 foi promovido pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia em colaboração com o Ciência Viva e com a Comissão Parlamentar de Educação, Ciência, Juventude e Desporto, contando ainda com o apoio institucional do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Neste fórum potenciou-se o envolvimento de investigadores, empresários, estudantes e do público em geral, para promover a discussão de ideias e preparar num esforço coletivo o futuro da Ciência e da Tecnologia, tanto em Portugal como na Europa. 

A equipa Arranca Sequim Sequim, constituída por cinco elementos, Beatriz Ferreira, Lucas Junípero, Éric Carreiro, Bruno Oliveira e Miguel Furtado, durante o ano letivo 2019/2020 e na disciplina de Física do 12.º ano, desenvolveram o projeto X Glasses. Este projeto fez parte da 1.ª edição do projeto Metamorfoses que é destinado aos alunos do Ensino Secundário que tenham uma curiosidade especial pela ciência e tecnologia, pela leitura e a escrita. Metamorfoses tem como objetivo estimular a criatividade e associar a ciência, a tecnologia, a leitura e a escrita, através da construção de um protótipo biónico que servirá como protagonista de um conto de ficção original.

Esta iniciativa resulta de uma parceria entre o ESERO Portugal, o Plano Nacional de Leitura 2017-2027 (PNL2027) e o Gabinete de Comunicação de Ciência da Fundação Champalimaud.

Durante o ano letivo os alunos escreveram um conto onde um extraterrestre (ILFAI) chegava a um planeta Terra totalmente devastado pelas alterações climáticas; não sendo esse o seu objetivo mas, por solidariedade, ILFAI decide ajudar os terrestres a superar as adversidades e tentarem recuperar o planeta.

A ideia para o conto surgiu do que atualmente vivemos, infelizmente, das alterações climáticas. Entre a escrita do conto e a construção do objeto biónico “nem tudo foram rosas”, houve avanços e recuos na programação, na construção do corpo biónico e no conto, mas só foi possível a conclusão do projeto com o trabalho em equipa.

Ficam os links:

- conto e vídeo: https://www.pnl2027.gov.pt/np4/xglasses.html

- apresentação no Encontro Ciência’21 (ver 4h35'49''):  https://www.youtube.com/watch?v=tW5nO29jBxc


2021/07/14

Exposição - Cidadania e Desenvolvimento - 10º C


No passado dia 31 de maio, foi inaugurada uma exposição na Escola Básica e Secundária da Povoação, no âmbito de Cidadania e Desenvolvimento.

Os trabalhos apresentados foram elaborados pelos alunos do 10º.C na disciplina de História A, com os objetivos de mostrar os Direitos Humanos ao longo da História e sensibilizar a comunidade escolar para a falta de respeito que ainda existe pelos direitos Humanos (discriminação social, xenofobia, desigualdade Homem/Mulher, entre outros).

Apresentaram-se algumas épocas históricas, como a Época Clássica (Grécia Antiga e Roma Antiga), Idade Média e época contemporânea.

Em relação à Época Clássica foram referidos os direitos e deveres das mulheres e dos homens e as suas diferenças sociais. A mulher na Roma antiga adquiriu alguns direitos e algumas tiveram muita influência política. No entanto, a mulher sempre foi considerada inferior em relação ao homem, situação que ainda se mantém em alguns países.

O sistema esclavagista é outro dos graves atropelos aos direitos fundamentais do Homem, nomeadamente ao direito à liberdade. Sempre houve escravatura, mas esta foi tendo contornos diferentes aos longo dos séculos. Por exemplo, na Época Clássica os escravos eram prisioneiros de guerra ou por pessoas que acediam tornar-se escravas para pagamento de dívidas, não pela sua etnia ou religião, como aconteceu na época dos descobrimentos. Não obstante, os escravos foram sempre considerados objetos e desprovidos de direitos, tendo apenas deveres para com os seus proprietários.

Na Idade Média, as mulheres continuaram a ter poucos direitos e apareceu uma nova forma de escravatura, a servidão. Os servos eram distintos dos escravos, pois eram considerados pessoas e não objetos e tinham mais liberdade, apesar de estarem ligados de forma vitalícia ao seu senhor, a quem deviam vassalagem e obediência absoluta. Sobre eles os Senhores Feudais tinham o direito de vida ou morte. Ou seja, as diferenças eram poucas.

Infelizmente, a “escravatura” ainda prevalece nos dias de hoje em alguns países do mundo como por exemplo: Arábia Saudita, Brasil, e principalmente em países do Continente Africano. Muitos são os casos reportados pelos meios de comunicação social, que chocam a opinião pública, mas pouco ou nada se faz.


Em suma, ainda há um longo caminho a percorrer no que diz respeito aos direitos humanos e, apesar, dos esforços dos organismos internacionais e a organizações de defesa dos direitos humanos, verificam-se ainda atropelos gravíssimos às normas que reconhecem e protegem a dignidade de todos os seres humanos. Assim, os séculos vão passando, mas o homem continua a não ter a civilidade que é devida a um ser provido de raciocínio e emoção.

PIDE/DGS versus Forças de Segurança atuais - artigo de opinião - Cidadania e Desenvolvimento - 12º B

 

Nem sempre os tempos foram democráticos, nem sempre as forças policiais foram confiáveis e asseguravam o bem-estar comum. Não é desde sempre que a liberdade e a segurança são prioridades a ser zeladas.

A partir de 1933, Portugal mergulhou num regime fascista e repressivo, o Estado Novo.

Responsável por disseminar o pânico, a desconfiança e o medo, a PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado), criada em novembro de 1945, foi um dos sustentáculos do poder autoritário de Salazar, visto que agia em favor do Estado e defendia-o utilizando todos os meios ao seu alcance, inclusive meios atrozes de violência e repressão.

Desrespeitando quaisquer regulamentos jurídicos e legais, as intervenções da polícia política eram tão recorrentes que acabavam por acontecer em situações banais e injustificadas. A veracidade das fontes e informações não era verificada e realizavam-se buscas e capturas sem evidências factuais. Mesmo não tendo cometido o alegado crime contra o regime, as pessoas eram constantemente vigiadas e controladas, estavam num estado de inquietação constante e, à mínima suspeita ou denúncia eram presas infundadamente.

Os opositores do regime eram capturados pela PIDE e levados para prisões do país como as dos Fortes de Caxias e de Peniche, ou a do Tarrafal, na ilha de Santiago, em Cabo Verde. Nestas prisões eram vítimas de tortura, privação de sono, isolamento, más condições alimentares, higiénicas e de saúde – “Eu estive 16 dias, ou seja, 16 períodos de 24 horas sem interrupção, sem poder dormir. A única vez em que fechei os olhos foi quando perdi os sentidos”, testemunho de Aurora Rodrigues, ex-militante do MRPP e ex-presa pela PIDE, em Mulheres na Resistência.

            Dada a falta de liberdade de pensamento e de expressão, todas as pessoas que pertencessem ou estivessem de algum modo ligadas a atividades de organizações consideradas clandestinas pelo regime, como por exemplo o Partido Comunista Português, eram imediatamente interrogadas e presas. Para a identificação das pessoas pertencentes a essa organização, a PIDE recorria a métodos que iam desde a vigilância de suspeitos à prisão sem culpa formada, passando pela interceção de correspondência e de comunicações telefónicas e pela criação e manutenção de uma rede tentacular de informadores.

Acabados os mais de quarenta anos de fascismo, a democracia foi instaurada e, com ela, as forças de segurança foram transformadas. Estas passaram a ser responsáveis pela segurança, pela ordem social e pela conservação da democracia, salvaguardando sempre os direitos e as liberdades individuais.

Ao contrário da PIDE, os atuais serviços e forças de segurança procedem em conformidade com um conjunto de normas e leis que defendem a legalidade democrática e os direitos dos cidadãos legalmente e constitucionalmente definidos. Embora existam casos de abuso de poder e situações em que a violência policial se registe, como é de exemplo o caso SEF, em que Ihor Homeniuk foi torturado e assassinado,  na maioria dos casos, as intervenções das forças de segurança são justificadas e não põem em causa a integridade física sem motivo.

Para além de penalizarem a criminalidade, as forças de segurança atuam de maneira a atenuá-la. Para isso, realizam ações de sensibilização para consciencializar a população dos diversos perigos e dos cuidados a tomar em determinadas situações e disponibilizam-se a prestar apoio.

É importante salientar que a perspetiva aqui presente advém de uma posição de privilégio, na medida em que se insere num contexto de um país desenvolvido e democrático. Tal como outros assuntos, a atuação das forças de segurança é uma questão complexa e controversa e seria incoerente generalizar que esta acontece sempre de maneira correta e igual para todos.

O direito à segurança é um privilégio que deve ser reconhecido, pois nem todas as sociedades do globo dispõem dele da mesma maneira. Há que ter em conta um leque de fatores e circunstâncias sociais. Apesar de Portugal ser considerado um país tolerante e no qual o direito à segurança caracteriza-se como mais igualitário face às características sociais e étnico-raciais dos indivíduos, em muitos territórios, os órgãos de segurança agem muitas vezes conforme os interesses das elites e da minoria abastada, não dando a devida proteção e segurança a quem realmente carece delas. De exemplo são, também, os muitos casos em que o racismo institucional se reflete nas ações policiais. Os EUA são a região mais associada à agressão policial, principalmente contra as minorias étnico-raciais. Apesar de, infelizmente, serem muitos os casos registados, o caso do assassinato de George Floyd ganhou um enorme mediatismo e despontou grandes convulsões sociais por todo o mundo, intensificando ainda mais o relevante debate do racismo e do abuso policial.

Concluindo, feito este paralelismo, é primordial reconhecer a importância das atuais forças e serviços de segurança, que agem democraticamente e de forma a nunca infringir a liberdade individual e os Direitos Humanos.

 Júlia Couto, Maria Linhares, Miguel Mota e Sílvia Amaral


Bibliografia:

COUTO, Célia e outros, 2015 – Um novo Tempo da História-12ºano, parte 2, Porto Editora.

Webgrafia:

AZEVEDO, Cândido – História da PIDE. PT – RTP [consultado em 10-05-2021]. Disponível em: www:<URL: arquivos.rtp.pt/conteudos/historia-da-pide/>

MUSEU DO ALJUBE – Aurora Rodrigues. PT – Museu do Aljube [consultado em 10-05-2021]. Disponível em: www:<URL: museudoaljube.pt/doc/aurora-rodrigues/>

Segurança, Defesa e Paz.- Cidadania e Desenvolvimento - 12º B


   No âmbito de Cidadania e Desenvolvimento, a turma do 12ºB desenvolveu o projeto “Vivemos num mundo seguro?”. Este projeto permitiu explorar o domínio – Segurança, Defesa e Paz.

   Numa primeira fase, foi apresentado, às turmas do 9º ano, o papel da ONU na promoção da paz e da segurança no mundo, nomeadamente algumas das missões de paz nos países em desenvolvimento, como por exemplo no Haiti e na República Democrática do Congo.

   Seguidamente, realizou-se uma exposição na escola para a comunidade escolar. Os trabalhos expostos focaram-se nas instituições de segurança internacionais e nacionais, como a ONU, a UE e a PSP, quais as suas funções, os seus modos de atuação e as responsabilidades “especiais” adquiridas no contexto pandémico atual.

   Este projeto teve o propósito de sensibilizar e informar a comunidade escolar, de modo a despertar e desenvolver a sua consciência cívica e social. Se todos os países respeitarem as leis e os acordos, viveremos num mundo em paz. O direito à segurança implica que os cidadãos devem poder viver de forma segura e tranquila, livres de ameaças ou agressões por parte dos poderes públicos e dos outros cidadãos.

   Cabe a cada um de nós contribuir para a segurança da nossa localidade, do nosso país ou do mundo. É um dever e também é um direito sentirmo-nos seguros e desfrutarmos da paz nesta casa que é de todos – o planeta TERRA.

Educação Ambiental - Cidadania e Desenvolvimento - 11º A, B e C

Trabalhos realizados pelos alunos do 11ºA,B e C na disciplina de Francês, no âmbito de Cidadania e Desenvolvimento. Tema: Educação Ambiental.